Buraco de minhoca conectando dois espaços vira realidade através do eletromagnetismo
A ideia de buracos de minhoca e portais no espaço tem habitado a imaginação de cientistas e nerds desde que Einstein botou a língua para fora e posou para foto pela primeira vez, e com certeza inspirou muitos obras de ficção, como Stargate, Star Trek, e mais recentemente Interestellar. Com a tecnologia atual sabe-se, com base na Teoria da Relatividade Geral, que um portal gravitacional no espaço pode ser criado com grandes quantidades de energia gravitacional, o que ninguém tem ideia de como gerar. Mas com eletromagnetismo isso pode ser mais facilmente alcançado, devido a avanços em meta-materiais e invisibilidade que permitiram aos pesquisadores colocarem em prática vários projetos.
Cientistas do Departamento de Física de Universidade Independente de Barcelona projetaram e criaram em laboratório o primeiro buraco de minhoca experimental, capaz de conectar duas regiões do espaço magneticamente. O experimento consiste em um túnel que transfere o campo magnético de um ponto ao outro enquanto se mantém indetectável, “invisível” ao longo do caminho.
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Os pesquisadores usaram meta-materiais e metassuperficies, são materiais artificiais modificados de tal modo que adquiram propriedades desejadas que não existem de forma natural e suas películas superifinas derivadas, para construir o túnel experimentalmente, de modo que o campo magnético apareça na outra ponta do buraco de minhoca como um monopolo magnético isolado. Espera, monopolos? Sim, são campos magnéticos com apenas um norte ou sul, que com certeza não existem na natureza. Com efeito, parece que o campo magnético viaja de um lugar a outro através de uma dimensão localizada for a das três dimensões convencionais.
Isto significa estar um passo a frente em possíveis aplicações de campos magnéticos. Na medicina, por exemplo, esta tecnologia poderia aumentar o conforto de pacientes por estarem a distância dos aparelhos em uma ressonância magnética, ou permitir que a ressonância obtenha imagens do corpo todo simultaneamente.
Acesso 22 de janeiro de 2016.